quinta-feira, 31 de março de 2011

Medo da diferença...



          Hoje eu penso que a humanidade funciona como uma calculadora, somos manipulados por aqueles que nos enxergam desta forma e somos limitados por uma série de regras que não nos deixam criar nada novo, nossa reação premeditada é convertida em números para uma classe econômica que parasita e consome as demais.
          O mesmo sistema que rege e depreda a sociedade oferece uma válvula de escape para o stress da realidade, promete vida próspera àqueles que acreditarem em tudo que for dito e colaborarem com o seu funcionamento, em troca a única coisa que o indivíduo precisa fazer é abrir mão da razão e aceitar com fé o dom da ignorância, o mesmo conceito básico pelo qual a antiga Roma mantinha o controle de seu povo, o famoso "panis et circenses".
          Por fim cabe aos jovens mudar e aos demais passar os fins de semana vegetando diante da televisão, só que os jovens envelhecem, amadurecem, e se seu desenvolvimento não foi propício à estimulação da mente eles se espremem no mesmo sofá superlotado para assistir ao mesmo programa que tanto repudiaram...
          O que se apresenta como entrave para a inovação acaba sendo o medo de se destacar em meio a uma multidão alienada e sendo assim acabar por se converter em um alvo fácil para o lado negro da sociedade, o medo de ser declarado um pária e viver uma vida solitária e assistir suas ideias sendo corrompidas e vendidas pelo sistema, enquanto você definha por ser incompreendido.
          E meus amigos parecem ter medo de quem fala o que sentiu, de quem pensa diferente, mas só porque eles nos alertam do "perigo" de agir assim, pois quando a grande massa é homogênea ela é mais facilmente controlada e eles tem maior autonomia para buscar a morte de nossas idéias.


Att Ferreira G.M.V.

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