quarta-feira, 27 de abril de 2011

Ensaio sobre uma mente universal - parte final



         Para os que não sabem, o "Ensaio sobre uma mente universal" é a representação do conceito que eu, com muita influência, formulei sobre a identidade da "mente universal". Eu iniciei esse pequeno projeto no meu antigo blog, mas o interrompi devido à criação deste. Venho agora concluí-lo com um terceiro e último post e como resposta à última postagem de um dos meus blogs parceiros o "Mais Um do Universo"


Primeiras partes:


Ensaio sobre uma mente universal - Parte 1
Ensaio sobre uma mente universal - Parte 2


          Uma mente universal nada mais é do que um meio conectivo, uma força absoluta que interliga tudo o que é físico, uma essência que permeia e engloba todo o universo, uma entidade onipresente e resoluta que de tantos nomes possíveis foi decidido chamar-lhe de Deus, uma Mente Universal é tudo e ao mesmo tempo nada.
          Para entendermos como esse conceito se manifesta temos antes que esclarecer algumas coisas. Em primeiro lugar temos as doutrinas religiosas, aglomerados de preceitos falhos que errôneamente são considerados sinônimos de fé. A instituição religiosa se resume no mais perfeito instrumento alienante do qual pode se valer o ser humano, seu funcionamento se resume em três pilares que são constantes a toda religião, são eles: a forma como hipóteses acerca do que é o divino são apresentadas como sendo verdades absolutas e impassíveis de serem confrontadas, a divulgação de uma interpretação subjetiva e única de seus dogmas fundamentais e por fim a manipulação das grandes massas em busca de poder. O que é necessário entender é que religiões são ideologias criadas por convenção que incluem tudo menos a compreensão do que é a mente universal, o que eles fazem é recriar Deus à sua imagem e semelhança. Ter fé portanto não é seguir uma determinada ideologia pois esta lhe parece coerente, ter fé é se afastar de conceitos pré determinados e criar suas próprias idéias.
          A humanidade sempre girou e para sempre continuará girando em torno de Deus, a sociedade atual é  Teocêntrica, cultua a ciência como lei e o saber como divindade, a crença na razão não nos afasta da religião, só nos faz crer que sim. Portanto a mente universal só é algo visível para aqueles que não creem e estes são os únicos que possuem fé. A crença desde sempre foi banalizada, o homem banalizou sua própria filosofia justamente por defendê-la, a ânsia de atingir o quanto antes a perfeição nos faz deixar de enxergar pequenas verdades.
         Uma Mente Universal é portanto, intangível, mas existente, sua natureza não pode ser conceituada pois apesar de ser imutável é percebida de diversas formas. Deus portanto é energia, é onipresente e indestrutível, sua força move todo o universo; nós somos uma minúscula extensão de seu poder, nossa mente é uma fábrica de ilusões com um enorme potencial de produzir realidade, mas nossa capacidade é abalada pela nossa pressa em descobrir eventos e criar explicações quando na verdade, estas também têm que ser descobertas, nossa fé é nada comparada à de um mero grão de areia, este não pensa e não crê, somente sabe.


Att Ferreira G.M.V.

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